A humanização como política pública e suas implicações para a formação em fisioterapia

Resumo

Introdução: Desde a sua criação, o Sistema Único de Saúde (SUS) conquistou inúmeros e inquestionáveis avanços, entretanto o enfrentamento de diversos desafios no percurso de sua
consolidação ainda se faz necessário, incluindo maior integralidade nas práticas em saúde. No
cenário atual, com graves problemas nas práticas profissionais, é urgente resgatar a valorização
e defesa da vida como eixo norteador da produção de cuidado. Desse modo, o objetivo do
estudo foi discutir como a Política Nacional de Humanização da Atenção e da Gestão do SUS (PNH) tem contribuído de modo relevante para a consolidação e qualificação das ações em saúde e para o fortalecimento do trabalho em rede, com destaque para o papel das universidades e instituições formadoras neste cenário de transformações. Trata-se de um estudo exploratório, analítico e descritivo, realizado através de revisão narrativa. Desenvolvimento: As diretrizes curriculares do ensino em saúde e as crescentes demandas do SUS têm impulsionado mudanças na formação acadêmica e no ensino em saúde. Na Fisioterapia, tendo em vista que a profissão teve seu surgimento e história mais pautados na reabilitação física, a integralidade das ações em saúde e a valorização do compromisso social ainda são grandes desafios na consolidação da humanização como política pública. Considerações Finais: A PNH defende o engajamento de trabalhadores, usuários e gestores, além dos atores sociais que atuam na formação de trabalhadores do SUS como importante estratégia de modificação dos modos de atenção e gestão do trabalho em saúde, priorizando os processos de construção coletiva nas práticas de saúde. Como resultado, é imperativo intensificar a reflexão sobre a humanização enquanto política de saúde e sua importância no enfrentamento dos desafios de fortalecimento do SUS, dentro das universidades e seus diversos cursos, incluindo a Fisioterapia..